Observações sobre novo momento da gestão

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Os dias atuais nos revelam época de profundas mudanças que seguem pela sociedade e chegam as organizações. Nos apresentam impactante momento, entre possibilidades e incertezas para o mundo dos negócios e para sociedade em geral.

Analistas antecipam que a transição, que já está acontecendo, mudará o mundo como o conhecemos, surge em larga escala e em velocidade jamais observada antes. Por serem vários acontecimentos e desdobramentos de grande efeito para sociedade em geral, especialistas consideram se tratar de uma revolução, onde chegam à denominação da quarta revolução industrial. Ou seja, não mais uma etapa ou fase de desenvolvimento tecnológico, mas sim o início de uma nova era, uma mudança de paradigma.

Para uma melhor preparação nesse novo cenário, surge o pensamento de atuar de forma proativa, empresas se antecipam aos acontecimentos desenvolvendo ou aprimorando estratégias para antever e buscar soluções de ações prestes a surgir no cenário dos negócios, vindo de competidores, stakeholders, clientes, entre outros.

Quarta revolução industrial

A Quarta Revolução Industrial, é um termo, denominação e nome de um livro de Klaus Schwab, fundador do World Economic Forum, Fórum Global de Economia que antecipa e aponta direcionamentos para humanidade. O nome do livro, defende o pensamento que no momento percorremos uma revolução de impacto no cotidiano, na sociedade, no trabalho e na vida em geral. Atualmente já nos deparamos com um sincronismo em todas essas áreas do dia a dia, de uma forma nunca vivenciada antes.

Facilmente identificamos que a era digital compõe a estrutura principal da quarta revolução industrial.

“A questão para todas as indústrias e empresas sem exceção, não é mais ‘Haverá ruptura na minha empresa?’, mas ‘Quando ocorrerá a ruptura.quando irá demorar e como ela afetará a mim e a minha organização?’”

Klaus Schwab. Livro ‘A Quarta Revolução Industrial’. (p.21)

Essa nova era ou fase industrial digital tem características próprias, que segundo Klaus Schwab são:

• Velocidade.

Klaus aponta que essa revolução se expande em velocidade muito maior do que aconteceu com revoluções industriais anteriores. Gerando uma interconexão mundial, com inovações em tecnologias em ciclo contínuo.

• Amplitude e profundidade.

Essa nova revolução fortemente digital vem trazendo transformações nas mais diferentes áreas, como economia, negócios, sociedade em geral e até mesmo na vida dos indivíduos.

• Impacto Sistêmico.

As transformações envolvem mercados variados e por completos. Como países, organizações, fábricas e, sociedades.

“Tal qual o período de consolidação da 1 e da 2 Revolução Industrial, quando flouresceram inovações que transformaram a sociedade,

vivemos em uma era de intensas mutações.”

Magaldi, Sandro. Livro Gestão do Amanhã (p.54)

Sandro Magaldi, analisa em seu livro Gestão do Amanhã, que seguindo essa linha de acontecimentos, transformações e inovações, o alcance exponencial dessas mudanças, atingem a gestão das empresas. Dessa forma esses alcances chegam com questionamentos sobre de que forma lidar com essa disrupção de modelos de gestão até então em vigor. As dúvidas persistem sobre qual conhecimento vai se manter válido nesse contexto que surge. Qual será a forma adequada para liderar? E se estaria adequado o aprendizado acadêmico para as exigências do mercado que já são uma realidade?

Fica claro, a importância de ajustes e adequação reformulando modelos seguidos até então. É preciso, observação e análises com objetivo de que um novo formato de gestão seja implementado para que seja eficiente e sincronizados com a nova era de mudanças.

Da mesma forma conceitos acadêmicos precisam ser direcionados para o desenvolvimento de habilidades e competências, que passam a ser exigência para profissionais e organizações que buscam conquistar resultados e objetivos de forma eficaz.

Desafios da gestão de negócios na quarta revolução industrial

Em relação à economia e negócios, observamos a necessidade da continua aprendizagem por parte do líder, seguindo pensamento e modelos de gestão, além de conceitos convencionais de operações. Ou seja, o líder deve inovar se ajustando a tendências da atualidade. Hoje em dia os negócios seguem direcionamento para serviços e para os clientes, não mais de produtos.

“Tanto as oportunidades quanto as dificuldades que surgem em momentos como esse devem ser enfrentadas com soluções inovadoras, corajosas, com uma nova forma de olhar e perceber a realidade. Não se trata apenas de melhorar o que existe, de incrementar o pensamento para aperfeiçoá-lo e de ajustar as ações a uma nova realidade. Trata-se de reinventar o pensamento e a ação.”

César Souza, Livro. “Seja o líder que o momento exige.” 2017.

Seguindo essas observações, fica evidente à necessidade de hierarquias flexíveis, novas formas de medir e recompensar o desempenho, novas estratégias para trair e reter os talentos, que sem dúvidas já podem ser considerados como chave do sucesso organizacional. Assim, indo ainda adiante nessa análise podemos antever que irão ter sucesso, as empresas que conseguirem combinar as dimensões, digitais, físicas e biológicas.

Imprevisibilidade para gestão do “futuro” já iniciado

Quando se constrói uma estratégia, sempre vai existir certo nível de incerteza, e em termos de estratégia de negócios não existe risco zero. Porém, o importante é que se esteja atento para o aprendizado com erros. Capacitando os gestores da empresa habilidade maior para lidar com incertezas, considerando que a reinvenção de modelos de negócios e as variáveis de riscos de mercado, devem ser percebidas como oportunidades e não como algo a ser evitado.

Assim esses executivos, tomadores de decisões não devem se prender a modelos fechados, sem permissão ou autonomia para pensar com visão mais ampla, abertos a ideais novas. Os que persistirem a tais limitações perderão espaço em decisões importantes da organização.

A empresa atual precisa ter capacidade de antecipação no sentido de iniciar adaptações para inserção nessa nova realidade futura, para assim atuar de forma a se iniciar a construção dessa nova realidade, desde hoje. Mantendo perspectiva de um futuro já iniciado.

Considerando o tema educação para fazer uma análise em relação a quarta revolução industrial, nos deparamos com vários desafios. Especialistas já consideram que 50% do conteúdo que um estudante universitário recebe no início de seu curso, torna-se obsoleto no quarto ano. 45% das funções que hoje são feitas por seres humanos, em um futuro não muito distante estarão automatizadas.

O Fórum Econômico Mundial de 2016, aponta que para 2020, grande parte das habilidades e competências necessárias para funções e profissões importantes, ainda nem são consideradas hoje em dia. Algumas dessas competências as vezes nem existem ainda.

Então, com entendimento dessas mudanças acontecendo, nos deparamos com a necessidade de adoção de modelos novos, que preparem as novas lideranças, para que sejam pontos essenciais para transformações da sociedade.

“Há um descompasso claro entre as demandas de aprendizado requeridas no séc. XXI e o que é oferecido pelo sistema educacional atual, cujas bases remontam à Revolução Francesa. Só essa sentença já evidencia que alguma coisa está fora de ordem.”

Sandro Magaldi, Gestão do Amanhã (pág142).

Proatividade na gestão

A empresa para ser proativa, precisa ter flexibilidade em termos de processos que quando seguem normas rígidas restringem autonomia e surgimento de insights de inovação. As mudanças surgindo em velocidade sem igual, exigem atitude de antecipação, sem zona de conforto. A empresa que ficar parada esperando os acontecimentos baterem na porta para agir, certamente ficarão para trás com consequências negativas deixando-as excluídas por perderem capacidade de concorrência, não acompanhando seus principais competidores que adotaram estratégias com maior visão de futuro e antenados nas mudanças exigidas pelo mercado e atualidade. Com proatividade em mente, é importante o debate sobre o tema em todos os setores da empresa, trazendo engajamento e fortalecendo a cultura proativa na organização.

Darwinismo digital

O termo Darwinismo Digital, é usado em uma analogia da Teoria da Evolução de Darwin e o cenário atual de evolução através da tecnologia. Assim como na famosa teoria de Darwin, hoje em dia para sobreviver diante de tantas mudanças, somente os mais preparados manterão empresas competitivas, empregos, etc... O conceito do Darwinismo digital ocasiona impactos consideráveis nas áreas de tecnologia e na sociedade em geral. Nessas áreas observamos as maiores mudanças no nosso dia a dia. Um exemplo claro da forma como somos impactados nas nossas vidas é a observação de que a anos atrás nem conhecíamos nada sobre o whatsapp.

A velocidade das coisas é imensa, e essa conexão total das coisas, nos traz cada vez mais exigências, onde todos querem tudo rápido. Contudo, não existe facilidade para essa adaptação essencial para sobrevivência. É preciso moldura de tempo para que se obtenha aprendizado para lidar com algo novo assim. Além de ter custo alto para essa necessária adaptação.

Conforme desenvolvem-se tendências e exigências por parte dos consumidores, concorrentes montam estratégias para atender o novo formato dessa nova demanda.

Assim, cabe as organizações se antecipar ou tomar ações que façam continuar competitivas, fazendo frente a concorrência. Nesse sentido que acontece a saída digital como ação transformadora. O uso da tecnologia certa e inovadora permite adequação a mudanças de comportamento de clientes e fornecedores, por oferecer possibilidade de demandas em tempo integral e de forma moderna., com formato personalizado e com flexibilidade para o caso de ajustes.

Conclusão

É fato que estamos em tempos de transformações e mudanças no jeito de viver das pessoas, nas empresas, nos empregos e na sociedade em geral. Assim, é necessário aproveitar as novas oportunidades vindas da quarta revolução Industrial e fazer acontecer. Ou seja, as ideias e insights devem ir além da fase de ideação e seguir para realização. Ainda que existam riscos de erros, é essencial que se busque objetivos, que se experimentem inovar até aprender e de fato realizar.

O Conhecimento cada vez mais se torna um bem de valor, mais ainda na atualidade. Porém, para transformar esse valor em riqueza, é preciso aproveitar o momento e agir.

Com a velocidade das transformações, seguidas de inúmeras possibilidades, o tempo surge como algo que nem sempre existe para os que não se alinham com tendências e, com certeza devem se antecipar às modernidades e acontecimentos.

Nesse momento é essencial que o líder no exercício de sua liderança deva manter a mente aberta para alcançar soluções, que normalmente em um momento anterior ao cenário atual, não seriam consideradas ou mesmo imaginadas. O Gestor não deve manter-se preso a antigos modelos de gestão. Caso contrário o negócio poderá sofrer dificuldades de se manter.

Visando um futuro breve de sucesso, o foco a ser seguido pelo gestor líder da empresa, sem dúvidas, é o alinhamento com transformações, tendências e avanços da sociedade e da moderna gestão.

Podemos concluir que as decisões assertivas tomadas hoje, podem garantir o futuro das empresas, que hoje passam por esse período de transformações.

 

Via Administradores.com

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Marcos Cavalcanti


Acredita que a curiosidade é o primeiro passo para descobrir coisas extraordinárias. Trabalha com administração e gestão de projetos, atualmente na área de educação. Amante de fotografia, cinema, tecnologia, viagens e tudo que vier para somar positivamente.